segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Equipas com 3 karts não são assunto

Equipa com 3 carros
O Troféu Pedro Chaves, enquanto campeonato de karting 270cc, acompanha de perto não apenas o melhor que se faz no karting, e em especial nos karts de aluguer em Portugal, mas também na Fórmula 1, enquanto categoria de topo do desporto automóvel. Como resposta à ameaça da Red Bull de abandonar a competição se não tiver um motor competitivo, e face às dificuldades que as equipas do meio pelotão enfrentam, a Fórmula 1 não está a colocar a hipótese de reduzir custos e tentar por tudo atrair os grandes construtores automóveis. Em vez disso, coloca a hipótese de ter equipas com 3 carros. Talvez seja esta a melhor hipótese de Rosberg não ser o último piloto da Mercedes - e é preciso que apareça lá o Alonso, que ainda não decidiu regressar à sua pista de karting privada.

Este cenário não é uma novidade. Nos primórdios da categoria, nos anos 50 e início dos anos 60, algumas equipas surgiam com 3 carros. Em meados dos anos 90, já muito depois do paradigma de 2 carros por equipa se ter estabelecido, chegou a mencionar-se novamente essa possibilidade. Agora, cresce a possibilidade de um campeonato com 14 carros (Mercedes, Williams, Ferrari, McLaren, Renault, Manor e a nova Haas) se 4 das equipas actuais desistirem. Se as 7 equipas restantes tiverem 3 carros, já são 21. Melhor ainda seria se Mercedes e Ferrari disponibilizassem 12 carros cada, em nome do desportivismo e da igualdade de oportunidades.

Na Organização do Troféu Pedro Chaves ainda ninguém pensou nesta possibilidade de seguir o exemplo da F1 e adoptar três karts por equipa, e por isso mesmo é que o Blog não falou com ninguém da Organização sobre isto. Certamente que para a Acceleron tal resolveria a questão que levantámos aqui há dias, extinguindo-se a Junior Team e reunindo os três pilotos da estrutura na equipa principal. Por outro lado, várias equipas têm-se debatido com dificuldades para ter dois carros a participar nas corridas de karts, pelo que um terceiro poderia constituir um factor de desequilíbrio demasiado grande.

De resto, o TPC mantém-se fiel à sua filosofia de que basta um kart para uma equipa poder competir no campeonato, pois foi dessa forma que Pedro Matos Chaves esteve na Fórmula 1, sem colega de equipa. Com efeito, a escuderia KXT perseverou na adversidade de perder o seu piloto de karts estrela, sobreviveu e com isso já chegou aos 1000 pontos e coleccionou vários pódios nas diversas corridas de kart 270cc efectuadas por Mário Alemão "a solo". (E pode dizer-se que já desenvolveu um novo piloto estrela.)

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