domingo, 14 de setembro de 2014
Paulo Ribeiro: "Já não tenho quaisquer expectativas para o campeonato"
TPC - Depois de um estranho 14º lugar nos treinos e de ocupar durante bastante tempo a 11ª posição, terminou em 17º! O que aconteceu?
Paulo Ribeiro - O meu lugar na grelha também me surpreendeu. Senti-me bem nos treinos, não pensei que ficasse na sétima linha... Fiquei no grupo do segundo 7. É longe para o segundo 5 dos mais rápidos e fiquei "tapado" por uma muralha de pilotos no segundo 6.
Nunca me dei bem em Palmela no sentido normal e, apesar de me sentir melhor neste, os resultados não melhoraram muito. Depois do arranque consegui subir uns lugares na geral e andei bastante tempo na 11ª posição sem conseguir aproximar-me do Fernando Borges.
No final da corrida, fui apanhado pelo Costa e pelo Araújo e andei a trocar posições com o Costa até à última volta. Depois, ele atravessou-se todo à minha frente na curva do poço e eu travei a fundo para não lhe acertar em cheio, fiz meio pião e fiquei a ver a banda passar. Foi só levar o carro até à meta, a corrida tinha acabado ali, para mim.
TPC - No paddock corria o rumor que tinha "empurrado" o Jaime Araújo e o Oliveira e Costa no início da prova. O que tem a dizer sobre isso?
PR - Eu sei o que foi. Naquele gancho entrei por dentro e ia a fundo. O Jaime estava mais dentro e o Costa por fora. Eu ia meter-me por dentro, pelo meio dos dois mas fui empurrado forte e dei um toque tão forte no Jaime que estava a ver que ele ainda saía de pista. No Costa nem sei se toquei ou se só encostei, só sei que ele me veio dizer que me tinha encostado a ele mas na confusão nem vi em quem bati. Acho que tinha ficado sem rodas, se não fosse o "safe-guard"...
TPC - O que acha do circuito de Palmela? Já tinha corrido neste sentido?
PR - Este é um dos meus circuitos preferidos. Neste sentido nunca tinha corrido, foi uma estreia, e gostei mais. Além disso não dei cabo de nenhuma costela, já é suficiente para fcar satisfeito...
TPC - Como correu a corrida? Quais foram as suas dificuldades?
PR - Acho que não podia ter corrido pior. Não me lembro de alguma vez me ter corrido bem alguma corrida aqui em Palmela. Mas nem que vá a Palmela para ficar em último, eu vou! Mas esta prova foi excepcionalmente dura, fisicamente. Estava cansado no fim dos treinos mas a coisa melhorou até à partida. Os primeiros dez minutos foram esgotantes. Nos segundos dez minutos da prova comecei a ficar nauseado e extenuado.
Depois, começou o suplício, à espera pela placa de última volta. Depois foi a luta com Costa. Quando a prova terminou estava exausto. Horas depois, as dores nos músculos do pescoço e dos ombros eram tão incomodativas que tive que tomar analgésicos para poder dormir... Isto não foi fácil, garanto-vos...
TPC - Vai à próxima prova, em Leiria? Quais são as suas expectativas em termos de campeonato de pilotos?
PR - Claro que sim. Só falto a provas por motivos de força maior. Depois de Palmela, já não tenho quaisquer expectativas para o campeonato de pilotos. Vou correr e divertir-me o mais possível. Espero que chova, já tenho saudades da chuva...
TPC - A Acceleron não somou muitos pontos nesta prova. Quais as expectativas da equipa no campeonato quando só falta uma prova para o final do campeonato?
PR - Sinceramente, não sei se temos alguma hipótese. Graças ao Pedro Caetano não nos afundámos mais na classificação mas acho que estamos fora da corrida. São muitos pontos para recuperar. E não sei como vai ser em Leiria, se Ferraz volta ou não, se Pedro vai ficar na equipa principal ou correr na Junior Team... Está uma confusão.
TPC - O que gostava de ver no TPC 2015?
PR - Muitas coisas. Equipas fixas, inscrições atempadas e regulares, grelhas cheias. Mais provas, uma prova de resistência. Gostava que pudéssemos subir para os 390. Gostava de poder treinar mais e correr mais, melhorar e obter melhores classificações... O que todos queremos, basicamente.
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