Mário Alemão: "É por estes momentos de luta que todos nós andamos em pista"

TPC - Saíndo da 3ª posição da grelha e terminando em 4º lugar, a 3 décimos de segundo de Guerra e a 6 décimos de segundo de Bea Figueiredo e do 2º lugar. Não se pode dizer que o pódio estivesse longe. Como foi a sua corrida?

Mário Alemão - Um arranque abaixo do normal tendo sido ultrapassado pelo Paulo Figueiredo que até havia partido pelo lado exterior da grelha de partida, tendo descido para o 4º lugar. Na luta pelo 3º lugar acabei por fazer pião e cair diversas posições - julgo a rondar o 8º e 10º lugar - e daí restou voltar à luta.


Voltei ao ritmo que me deu o 3º lugar da grelha, lutas e ultrapassagens até chegar ao grupo que estava "entalado" com o Paulo Figueiredo. Muitas trocas de posições entre seis pilotos (Bea, Guerra, Alemão, Figueiredo, Ferreira, Ogando) que deu a bonita imagem de terminar a prova com diferenças de décimas, mostrando o quão foi renhida a prova. Apercebi-me que tinha ritmo para mais, para o pódio quem sabe, não tivesse tido a perda de lugares na luta pelo 3º lugar como já referido. Mas é por estes momentos de luta que todos nós andamos em pista para nos divertirmos!

TPC - O que acha do circuito de Palmela? Já tinha corrido neste sentido e no outro, qual prefere?

MA - Corri a maior parte das vezes no sentido normal mas prefiro este sentido inverso da pista. Uma versão que me agrada totalmente. Conduzi pela primeira vez desta forma no Troféu TIT em representação pelo TPC, e acho que foi uma boa escolha ter conhecido logo com os melhores dos melhores.

TPC - Foi mais uma prova solitária e a KXT está numa posição pouco habitual no troféu de equipas. O que aconteceu a Durão? E Rodrigues? Não apoia a equipa neste momento difícil?

MA - Estavamos com esperança de ter número de presenças e resultados que dessem lugar ou luta pelo pódio. Quer o Ruben pelo valor que dá quando participa, quer o Rodrigues pelo apoio e incentivo mesmo fora de pista, são mais valias na KXT. Mas é já um facto e não há como fugir ao lugar do meio da tabela este ano.

TPC - O que espera da próxima prova, em Leiria? É um circuito que conhece bem, o que acha da pista?

MA - Espero lutas interessantes. Exceto o Paulo Correia, que já vai lançado para o título, parece haver um grupo de quatro pilotos ainda a lutar pelo pódio e o restante do pelotão a não querer fazer má figura. As diferenças são mínimas e sempre muito incertas até ao final do Troféu. Leiria é mítica, por encerrar o TPC.

Quando comecei nos karts odiava esta pista tal foram os tormentos por que passei e ficava com o desgosto de terminar mal a temporada. Hoje em dia já me tem dado gozo correr nela e com o passar dos anos tem-me dado muitas e boas disputas. É isso que espero que venha a ser.

TPC - O que gostava mais de ver no TPC 2015?

MA - Apoio o Paulo Figueiredo, Pit-Babes e convívio! Um "kit de unhas" também seria bem vindo. Se vier lastro durante toda a temporada, como já se nota essa intenção pela maioria dos pilotos, não me incomodará enquanto houver Red Bull e dar asas. Uma prova extra com motivos extras também seria engraçado: seja um kartódromo ao qual o TPC nunca tenha tido, seja com participações com outros troféus, seja com outros karts. Estou curioso com o que possa surgir no TPC 2015...