sábado, 9 de março de 2013

XXVIII GP - entrevista c/ P. Figueiredo

P. Figueiredo (imagem KXT)
Qual a sua opinião geral da corrida, e nomeadamente sobre a primeira vitória de uma senhora no TPC?
Corrida agradável. Boa disputa inicial com o Rui Silva, mas como para o acompanhar tinha de fazer um esforço maior do que o normal, optei por "desistir" e poupar um pouco as forças para outra corrida que tinha a seguir no Campera.
O pódio foi uma surpresa, pois não fosse o despiste do Ruben (ou outro azar de corrida com qualquer dos que seguiam à minha frente) estava fora de qualquer hipótese.
Uma vitória de uma senhora (menina) é sempre de louvar e apreciar. Ainda mais para mim, por ter sido a minha filha.
Gostava que esta vitória servisse de aliciante para que outras senhoras/raparigas, aderissem à modalidade.


Como reagiu à largada e à primeira volta?


Com a grelha mais comprida devido ao intervalo colocado entre todos, a partida revelou-se pacifica (talvez até demais para uma corrida sprint).
O meu estado era de apreensão, pois a Bea estava à minha frente e esperava uma das habituais "molhadas" na travagem para a primeira curva. Pensava em como a iria "proteger" da travagem quando vi com algum espanto e descanso que ela não precisava de qualquer proteção.
Assim, concentrei-me na condução e tentei fazer o meu melhor.


Tal como no GP anterior, o Blog lamenta não ter recursos para apresentar perguntas individualizadas. Por isso, pedimos-lhe, se for estreante no TPC, que comente o seu percurso no karting até aqui; se não for, que comente sobre o papel histórico do TPC enquanto escola para novos pilotos e como poderá a Organização ajudar os pilotos mais inexperientes a fazer progressos.
O papel do TPC (como de resto, todos os outros troféus amadores) é sempre muito importante para a dinamização do karting amador nacional. Consequentemente, é uma escola prática. Já não será fácil à Organização do TPC ajudar no progresso de pilotos com menos experiência sem que para isso exista uma vertente e real escola didática.
Já conheci diversos projectos neste sentido, inclusivé, durante 4 anos tentei manter uma categoria de iniciados nos troféus VIRUS Kart, mas é um trabalho muito difícil. Atualmente e dadas as condições sociais que vivemos, os apoios são cada vez mais escassos e a maioria dos recursos pessoais canalizados para outras necessidades.
Ainda assim, sugeria uma classificação paralela de "Rookie" por exemplo.
Claro que as conversas antes e depois das corridas com os pilotos iniciados ou menos experientes, são por si só, uma boa "escola". Basta que queiram ouvir e aprender.


Acha que será possível, um dia, que todos os karts do TPC tenham uma câmara de vídeo onboard, como sucede nas estradas da Rússia?
Como li esta semana, num comentário bem disposto do Luís Soares de Mello, na rede social Facebook, "O karting era pacifico antes do aparecimento das Go-Pro". Jocosamente, ele diz que os vídeos onboard são didáticos, mas revelam muitas vezes manobras menos respeitadoras das regras do automobilismo, e que realmente acontecem nas corridas.
Além de que estamos a praticar uma modalidade de lazer em regime de aluguer o que torna quase impossível tal ideia.
A outro nível, as corridas de algumas Federações já contemplam este "quarto árbitro" até para efeitos de penalizações.




Quais as suas perspectivas para a próxima corrida e para o campeonato?
Em termos de campeonato, manter-me na luta pela melhor posição.
Em termos de corrida, ser bafejado pela sorte do sorteio de karts... que apesar de tudo, é um factor com que temos de contar em corridas de lazer/aluguer.
Acima de tudo, espero divertir-me e continuar a aprender!!!

3 comentários:

Ismael disse...

O Troféu de Rookie é uma ideia interessante e que já foi pensada antes, e que podíamos tentar retomar. A dificuldade está um pouco nos critérios para ver quem é que se pode qualificar para participar no Troféu Rookie:
- Ter ou não ter participado no TPC antes não serve; basta ver que neste momento três "rookies" no TPC lideram a Geral.
- Podemos, naturalmente, aceitar que quem nos disser que fez poucas corridas possa participar no Rookie. Mas o Paulo Correia, por exemplo, por pouca experiência que tenha, já não faz muito faz sentido que participe numa tabela de iniciados.
- Será que podiam participar os que nunca tenham feito uma qualificação ou volta mais rápida dentro dos 107% da respectiva pole position ou volta mais rápida?
Mais importante que isso: como é que funcionava este critério no Virus Kart?
Abraço

Blog do TPC disse...

"...poupar um pouco as forças para outra corrida que tinha a seguir no Campera."

Não existe um link para consultar resultados?

VIRUS Kart disse...

Para poderem consultar os resultados todos, mesmo os do TPC, podem consultar este link http://www.camperakarting.com/index.php?option=com_resultados&task=grupo&Itemid=67
A prova onde participei com a equipa VIRUS Kart foi a das 150 Voltas Noturnas

É verdade. Depois de ler o comentário, não me parece fácil atribuir um rótulo de rookie. Mas todos sabemos quem são. A Ana por exemplo, é sem dúvida uma rookie.
Neste pequeno meio, todos nos conhecemos. Pela parte da Organização ou de alguém que se faça acompanhar por outra pessoa e que com alegria decerto vai dizer que "Ah e tal, é a primeira vez que alinha numa prova" já será critério suficiente para ser um(a) rookie.
No VIRUS Kart não existia qualquer critério uma vez que existia um troféu exclusivo para rookies, o VIRUS Kart GO. À partida, como era realizado em karts com motor 200, era "menosprezado" pelos pilotos consagrados, o que deixava espaço natural para quem queria iniciar-se na modalidade.