sexta-feira, 17 de outubro de 2008

V GP - entrevista com M. Alemão

Mário Alemão (à direita), e Danish Latif (à esquerda), um dos
vários convidados de honra da Organização do Troféu.
5º na qualificação, 5º na corrida, 5ª volta mais rápida. Parece ter sido uma corrida tranquila. Poderemos defini-lo como "o melhor do segundo pelotão" nesta corrida?
Gostaria de pensar que poderia ser o “último do primeiro pelotão”. Não me vendo nessa posição, ser “o melhor do segundo pelotão” numa corrida de luta pelo título é algo que me satisfaz.

Qual a sua opinião sobre esta versão do kartódromo de Leiria, a pista "A"?


Desconhecendo esta pista, seja em que formato fosse, a pista “A” agrada-me por ter de tudo um pouco: desde curvas rápidas seguidas a travagens fundas, ou curvas (e contra-curvas) traiçoeiras. É na minha opinião uma pista bastante completa que obriga a cuidados nas dobragens, e o resultado decide-se na escolha de trajectorias correctas e de travagens precisas. Sem dúvida, uma óptima pista.

Qual a sua opinião geral da corrida?Foi uma corrida bem disputada na qual tenho pena de ter perdido o comboio dos melhores que ia na frente. Tive uma luta interessante nas primeiras voltas, mas logo que impus o meu ritmo deixei de ter oposição. A partir daqui foi uma corrida monótona onde o objectivo passava por melhorar os meus tempos, ainda com a esperança de apanhar o Reinold, mas sem sucesso. Além disso, algumas dificuldades em dobrar pilotos influenciaram os tempos de algumas voltas. Deixo os meus Parabéns ao vencedor e a todos que lhe deram luta.

Como reagiu à largada e à primeira volta?Quando se tem à nossa frente os pretendentes ao título a expectativa sobe. Sobe ainda mais, quando aproveitando o facto de estar do lado interior da pista, conseguir estar lado a lado com o Reinold [4º] na 1ª curva, mas acabando por perder essa posição por me encontrar do lado de fora na 2ª curva. A partir daí foi impossivel apanhar os 4 “maravilha”. Perdida esta posição, passei a ter a pressão do João [Costa] durante as duas primeiras voltas, onde inclusivamente tive uma ligeira saida de pista.

Esta corrida foi fértil em acidentes potencialmente graves. Viu algum?Vi um piloto nos pneus de protecção, e vi por uma ou duas vezes pó no ar. Talvez tenham sido espontâneas saidas de estrada em vez de acidentes.

Em treinos e em corrida, as suas voltas estão sensivelmente a 1,5 segundo dos líderes. O que estará a faltar para o vermos como um candidato às vitórias? Como poderá essa diferença ser reduzida?Os meu tempos poderão demonstrar que sou um piloto muito regular que tem a capacidade de descobrir a melhor trajectória, manter um bom ritmo, com bom controlo no acelerador. O que falta? Apercebi-me nesta corrida que talvez tenha de evoluir na fase de travagem. Julgo que abuso do travão por muito tempo e talvez o uso muito cedo.

Entrando a meio, foi um dos valores sólidos deste Troféu, terminando no 9º lugar da geral. Schumacher também entrou a meio da temporada de 1991 e terminou só em 13º. Quais as perspectivas para o próximo ano? Irá o Alemão "explodir" como candidato às vitórias?Obrigado pelo comentário. As perspectivas são boas. Tenho a expectativa de poder participar em todas as provas da próxima edição, e com os minutos de experiência adquiridos até aqui, espero poder atrapalhar as contas dos da frente. No entanto, temos de esperar para ver se evolui tanto que possa lutar pelas vitórias.
PS – Não sabia na altura mas desejo os Parabéns à Sra. Rodrigues. :-P

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