A estratégia no fundo era arrancar numa posição onde se pudessem evitar aqueles toques comuns dentro do pelotão, os quais viriam até a "projectar" um dos concorrentes para fora da pista. Para isto teria de arrancar agressivo na medida em que todos sabemos que o ritmo vai aumentando progressivamente no desenrolar dos treinos livres. Uma vez que fui o primeiro carro a entrar em pista tinha aqui também uma mais valia.
Na minha opinião achei esta pista um pouco mais fácil em geral mas com uma ou duas curvas mais difíceis em particular, se bem que se torna subjectivo uma vez que numa pista cometi muitos erros e noutra não tanto como foi o caso da "A".
De facto a partida foi a minha...
pior fase de toda a corrida, uma vez que, penso eu, o entusiasmo de conseguir um lugar na linha da frente, deu lugar a alguma desconcentração aquando da luz verde. Aí veio à tona a experiência e também a "ratice" de alguns dos pilotos uma vez que o intervalo luz vermelha - luz verde é muito curto e faz despoletar a tentação do arranque prematuro, mas infelizmente não estamos no atletismo onde os concorrentes são penalizados pelas falsas partidas.
Não quero no entanto retirar o mérito a J.Rodrigues, que rodou na frente desde a 1ª volta a um ritmo que para mim e dada a minha pouca experiência ainda me é difícil de atingir, quero parabenizá-lo por isso.
De resto a primeira volta correu bem na medida em que não cedi à pressão do piloto holandês até ao momento o primerio classificado do troféu e o mais directo candidato à vitória, o que não veio a suceder.
De facto a história da corrida resume-se um pouco aos pilotos da cauda do pelotão e do ainda caso por resolver "pneu dourado" mas sobre isso não quero tecer grandes comentários, todos os pilotos tiveram os seus pequenos percalços, nada de extraordinário.
Lá está, um pequeno percalço por parte de I. Paulino que pude assistir em primeiro plano e que não se explica mais facilmente do que um pequeno erro de trajectória uma vez que foi com o pneu traseiro direito ao "areal" fazendo com que o piloto perdesse a traseira e consequentemente o controle do carro.
Difícil seria sempre pois estamos a falar de pilotos na frente da corrida, agora penso que o factor experiência teve aqui a sua intervenção. Não podemos esquecer nunca que I.Paulino é dos poucos totalistas nas provas do grande prémio e tanto quanto sei, o único que já conduziu com condições climatéricas adversas. A tentação do segundo lugar era grande mas o risco de uma falha deitaria por terra todo o esforço de vinte e poucas voltas numa só. Para além do mais a discussão do título não era nossa pelo que decidimos simplificar as coisas. Podem confirmar com I.Paulino mas a ultrapassagem que ele me fez deve ter sido das mais simples uma vez que lhe concedi alguma facilidade, não valia a pena o risco de algum dos dois sair prejudicado.
Como já disse anteriormente, na primeira volta o piloto holandês exerceu bastante pressão sobre mim, a qual consegui "sacudir" e posteriormente, com alguma surpresa minha, ganhar uma vantagem confortável a qual só perderia com alguma falha muito grave o que não se veio a verificar.
Ainda estou na "ressaca" desta temporada e penso que é um pouco cedo para se falar na próxima, mas posso afirmar convictamente que não ficarei satisfeito, ou nenhum objectivo será cumprido se não conseguir fazer ainda melhor que este ano. Espero também que a luta pelo título não se resuma a dois pilotos, quantos mais candidatos melhor, e melhor ainda se eu lá estiver pelo meio.
Cumps, André Ramos
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