terça-feira, 3 de maio de 2011

XVI GP: Crónica alargada

A corrida da Batalha foi mais uma experiência nova e totalmente diferente. Ao contrário:
-  do IX GP (Leiria 2009), que começou com piso seco, "pingou" durante os treinos e depois caiu um forte aguaceiro que encharcou a pista até ao final;
- do X GP (Batalha 2010), sob alerta amarelo e que choveu de princípio a fim, com maior e menor intensidade; e
- do XI GP, em que caiu um pequeno chuvisco depois do início dos treinos mas deu para a pista secar antes do final dos mesmos,

...desta vez a pista estava molhada desde o início mas não choveu até ao final da corrida, pelo que a pista foi secando progressivamente. Isto resultou na melhoria progressiva dos tempos, ao longo dos treinos e da corrida, em cerca de 20 segundos por volta; mais ou menos 10 segundos nos treinos (1m10s para 1m para os mais rápidos) e mais 10 segundos na corrida (1m até 50s). A pista ia apresentando nuances (curvas que secavam mais rapidamente que outras, pequenas poças de água, etc.) e os pilotos tiveram que se adaptar durante todo o GP a essas alterações.

Não tenhamos ilusões. Tiago Capela dispõe e disporá de uma enorme superioridade em piso molhado sobre os seus adversários. Quanto mais água, melhor para ele. Os seus adversários viram a pista molhada e imaginaram uma corrida equilibrada enquanto ele não apareceu; e quando apareceu, à última hora, contaram com mais uma vitória fácil como as duas anteriores. De novo voltou a falar-se em penalizar os pilotos federados em piso molhado (largando em último, por exemplo), solução que o próprio Capela considera justa.
Capela foi portanto o melhor na adaptação a uma pista ainda muito húmida, conquistou assim mais uma pole position e dominou as primeiras voltas. Os adversários só melhoraram à medida que a pista foi secando. Aí, Capela é forte e candidato ao título mas já não goza com o pagode.

Nas primeiras voltas, ainda com a pista molhada, também Ismael Paulino, tradicional mestrezinho-da-chuva (3º e 4º lugar nas tais corridas, sempre com Capela e T. Ferreira em 1º e 2º), subiu de 5º para 2º no início, mas à medida que a pista secou, embora se aproximasse de Tiago Capela, também perdia para os adversários.

A menos de 10 voltas do fim, os 6 primeiros ficaram muito próximos. A um dado momento, os cinco primeiros ficaram praticamente lado a lado e, na travagem para o gancho, Paulino tentou ir por dentro mas a manobra saiu mal, arrastando Santos consigo e caindo para a 6ª posição.

Nas últimas voltas, Ribeiro conseguiu superiorizar-se aos adversários. Paulino tirou o 5º lugar a Alemão e atacou Capela na última volta, mas não conseguiu manter a posição, perdendo o 4º para o batalhense na recta de chegada, com Alemão 1 décimo de segundo.
Mais atrás, num duelo de "titãs" (os dois campeões do TPC), Vrielink superiorizou-se a Rodrigues (menos de um décimo de segundo de diferença!)obtendo o 7º lugar. Para os três últimos pilotos, foi um GP de aprendizagem e experiência (para Ferraz a melhoria foi grande, pois já não perdeu três voltas para os líderes, como no X GP.)

Afinal, uma corrida que se previa monótona foi uma das mais equilibradas e disputadas de sempre do TPC, com apenas 6 segundos entre o vencedor e o sexto classificado! E a baralhar as contas do campeonato.



Passados 10 minutos depois do fim da corrida, caiu um forte aguaceiro.....

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