Morgado feliz no 3º lugar, com Ferraz (ao meio, 1º) e Vrielink (à esquerda, 2º) |
Muito obrigado. Bom, confesso que foi de todo inesperado. Até porque há já muito que não competia e a pista era completamente desconhecida para mim. No entanto, ao longo da corrida, fui ganhando confiança e fui acreditando que era possível fazer qualquer coisa “engraçada”. Acabei por conseguir o 3º lugar e pela primeira vez cheguei ao pódio. Uma experiência que gostava de repetir.
Foi a sua primeira corrida na pista de Fátima. Qual a sua opinião sobre o circuito?
Uma pista rápida, mas bastante desgastante. Talvez seja suspeito dizê-lo agora, após ter conseguido um bom resultado nesta pista, mas acho que Fátima tem tudo para se manter no calendário do próximo ano.
Como reagiu à largada e à primeira volta?
A qualificação foi logo uma surpresa. Partir em 6º lugar foi um resultado positivo. Após a partida consegui ficar bem colocado e a partir daí procurei claramente fazer a minha corrida, evitando toques e sempre procurando não perder o contacto com os da frente.
Morgado fez uma excelente largada e discutia o 4º com Ferreira, depois da curva 2, logo atrás de Paulino.
Ribeiro (1º) havia surpreendido o pole-sitter Ferraz (2º)
Ribeiro (1º) havia surpreendido o pole-sitter Ferraz (2º)
A pergunta impõe-se, e já se tinha colocado aquando da dobradinha da Silva Brawn: tendo em conta que R. Vrielink disputa o título e que o Ricardo estava a estrear-se este ano, será que houve algum jogo de equipa para favorecer o chefe-de-fila? Para mais, porque o Ricardo chegou a estar à frente do seu colega...
Já esperava esta pergunta e eu e o Reinold já havíamos comentado que tal questão ia surgir. Mas a verdade é que em momento algum foi colocada em prática qualquer tipo de estratégia de equipa. Cada um fez a sua corrida, procurando estar o mais na frente possível. Confesso que entre nós, o colectivo prevalece sempre em relação ao individual. Assim, parece-me claro que não fazia qualquer sentido colocar em risco a corrida do meu colega de equipa de forma gratuita. No entanto, e parece-me da mesma forma claro, que eu não enjeitaria a possibilidade de ficar à frente dele, caso fosse claro para mim que estaria muito mais rápido do que ele.
É visível, nas fotos, que próximo do final Pedro Ferraz seguia através da RR Sauber mas que conseguiu ultrapassá-lo e a R. Vrielink. Pode descrever-nos esses momentos?
Confesso que fiquei surpreendido pelo ataque dele. Mas foi de facto um ataque letal e vencedor. O Pedro conseguiu a pole e fez uma corrida com muitos poucos erros. Assenta-lhe muito bem esta vitória.
Fica algum amargo de boca por a RR Sauber ter perdido uma vitória e uma dobradinha para o seu ex-piloto?
O amargo de boca fica sempre que não se vence. Independentemente de quem vença. Parabéns ao Pedro e que na última prova do campeonato possa ser um dos RR Sauber a chegar em primeiro. Tendo em conta a actual classificação, acho que seria justo e merecido ser o meu companheiro de equipa a vencer a última prova. E estou confiante que é isso que vai acontecer. Mas sempre com o integral respeito pelas regras do fair play e da lealdade à modalidade.
Quais as suas expectativas para a última corrida do ano?
A minha primeira prova este ano correspondeu à minha penúltima. Portanto não há nada mais que eu possa fazer a não ser competir, divertir-me e ajudar o meu companheiro naquilo que me for possível. Espero no próximo ano poder estar em boa forma desde o início para estar em igualdade com as grandes figuras da prova.
Um abraço a todos!
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