sábado, 18 de setembro de 2010

XIII GP - Entrevista c/ Ricardo Morgado

Morgado feliz no 3º lugar, com Ferraz (ao meio, 1º)
e Vrielink (à esquerda, 2º)
Ricardo, parabéns pelo primeiro pódio! Esperava um resultado tão positivo, antes da corrida?
Muito obrigado. Bom, confesso que foi de todo inesperado. Até porque há já muito que não competia e a pista era completamente desconhecida para mim. No entanto, ao longo da corrida, fui ganhando confiança e fui acreditando que era possível fazer qualquer coisa “engraçada”. Acabei por conseguir o 3º lugar e pela primeira vez cheguei ao pódio. Uma experiência que gostava de repetir.



Foi a sua primeira corrida na pista de Fátima. Qual a sua opinião sobre o circuito?
Uma pista rápida, mas bastante desgastante. Talvez seja suspeito dizê-lo agora, após ter conseguido um bom resultado nesta pista, mas acho que Fátima tem tudo para se manter no calendário do próximo ano.


Como reagiu à largada e à primeira volta?
A qualificação foi logo uma surpresa. Partir em 6º lugar foi um resultado positivo. Após a partida consegui ficar bem colocado e a partir daí procurei claramente fazer a minha corrida, evitando toques e sempre procurando não perder o contacto com os da frente.

Morgado fez uma excelente largada e discutia o 4º com Ferreira, depois da curva 2, logo atrás de Paulino.
Ribeiro (1º)
havia surpreendido o pole-sitter Ferraz (2º)


A pergunta impõe-se, e já se tinha colocado aquando da dobradinha da Silva Brawn: tendo em conta que R. Vrielink disputa o título e que o Ricardo estava a estrear-se este ano, será que houve algum jogo de equipa para favorecer o chefe-de-fila? Para mais, porque o Ricardo chegou a estar à frente do seu colega...
Já esperava esta pergunta e eu e o Reinold já havíamos comentado que tal questão ia surgir. Mas a verdade é que em momento algum foi colocada em prática qualquer tipo de estratégia de equipa. Cada um fez a sua corrida, procurando estar o mais na frente possível. Confesso que entre nós, o colectivo prevalece sempre em relação ao individual. Assim, parece-me claro que não fazia qualquer sentido colocar em risco a corrida do meu colega de equipa de forma gratuita. No entanto, e parece-me da mesma forma claro, que eu não enjeitaria a possibilidade de ficar à frente dele, caso fosse claro para mim que estaria muito mais rápido do que ele.



É visível, nas fotos, que próximo do final Pedro Ferraz seguia através da RR Sauber mas que conseguiu ultrapassá-lo e a R. Vrielink. Pode descrever-nos esses momentos?
Confesso que fiquei surpreendido pelo ataque dele. Mas foi de facto um ataque letal e vencedor. O Pedro conseguiu a pole e fez uma corrida com muitos poucos erros. Assenta-lhe muito bem esta vitória.


Fica algum amargo de boca por a RR Sauber ter perdido uma vitória e uma dobradinha para o seu ex-piloto?
O amargo de boca fica sempre que não se vence. Independentemente de quem vença. Parabéns ao Pedro e que na última prova do campeonato possa ser um dos RR Sauber a chegar em primeiro. Tendo em conta a actual classificação, acho que seria justo e merecido ser o meu companheiro de equipa a vencer a última prova. E estou confiante que é isso que vai acontecer. Mas sempre com o integral respeito pelas regras do fair play e da lealdade à modalidade.


Quais as suas expectativas para a última corrida do ano?
A minha primeira prova este ano correspondeu à minha penúltima. Portanto não há nada mais que eu possa fazer a não ser competir, divertir-me e ajudar o meu companheiro naquilo que me for possível. Espero no próximo ano poder estar em boa forma desde o início para estar em igualdade com as grandes figuras da prova.

Um abraço a todos!

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