Ao contrário do que tem sido habitual, e devido a problemas de recursos humanos do Blogue (a crise toca a todos), as entrevistas serão substituídas por um "race report" ao estilo do Grandprix.com e do F1Rejects.com onde serão brevemente comentadas as prestações de cada piloto.
Todos os presentes, bem como quem assistiu, estão convidados a acrescentar coisas na caixa de comentários ou para trofeupedrochaves@gmail.com para acrescentarmos aqui, ou na nossa página do Facebook (onde já há muitas fotos.)
Alguns pilotos relataram que os pneus estavam muito cheios e que os karts escorregava muito. Com efeito, dos 5 pilotos que correram nesta variante em 2008, apenas um não piorou os seus tempos (na corrida). Mas, sendo igual para todos, isso só vem dar algum picante à coisa - e garantir que todas as corridas são diferentes!
João Rodrigues puxou dos galões e dos pergaminhos e efectuou uma performance perfeita e impecável de princípio a fim, com a pole position, a volta mais rápida e sem um único erro ao longo da corrida. É o único piloto a ter vencido corridas todos os anos e um candidato sério ao tricampeonato em 2011.
Reinold Vrielink atingiu todas as expectativas! Qualificou-se pior que o seu rival mais directo, mas arrancou melhor; cavou uma distância sem erros para os seus adversários, e, apesar de algumas dificuldades na fase final da corrida com os retardatários (quase 1 volta para dobrar P. Godinho), controlou perfeitamente a vantagem e o ataque final de Paulino.
Com apenas 5 provas ao longo do ano, é matematicamente realista que o campeão não tenha de vencer uma corrida. E o holandês foi 2º nas últimas três corridas, e ainda foi 3º uma vez. Ao piloto com mais pódios assenta bem o título.
A má largada de Ismael Paulino comprometeu as suas aspirações ao campeonato. O piloto turquelense fez contudo uma corrida sólida e competente, sem erros - mesmo quando se deixou ultrapassar brevemente por Tiago Capela - descobrindo uma forma de ultrapassar Ferreira depois de 20 voltas a estudar-lhe a traseira, e não desistindo até ao final, terminando a menos de 2 segundos de Vrielink.
Tiago Capela apareceu de surpresa e à última hora e voltou a demonstrar que pode ser um candidato ao título, mas ainda tem que descobrir aqueles décimos de segundo em falta. O piloto do Reguengo queixou-se do gancho em relevo, mas mesmo assim efectuou uma corrida eficaz, conseguindo ultrapassar Ferreira a poucas voltas do final.
Tiago Ferreira manteve o nível elevado a que nos habituou ao longo deste ano, embora fosse ligeiramente mais lento que Paulino e Capela, e a prova é que fez "comboio" atrás dele durante 20 voltas até Paulino o conseguir passar, sem depois voltar a ter argumentos para o vice-campeão. Fez, contudo, o suficiente para manter o 3º lugar no campeonato de pilotos e conquistar o título de equipas com a BF Team.
Ferreira esteve muito próximo de vencer 2 corridas este ano e é um sério candidato ao título de 2011.
Só os 5 primeiros fizeram voltas mais rápidas dentro do segundo 56. Depois, entre o 6º e o 13º todos fizeram voltas mais rápidas entre 57,3s e 57,7s, tendo estes pilotos terminado separados por pouco mais de 20 segundos. Os melhores foram Luís Bajouco e Mário Alemão, que terminaram separados por apenas 2 décimos de segundo.
Fábio Godinho, de volta à A Morte Team, obteve mais um resultado fiável, insuficiente para acompanhar Bajouco e Alemão mas superiorizando-se ao restante pelotão intermédio, ocupando o 8º lugar.
Pedro Ferraz e Ricardo Morgado voltaram a andar muito próximos, como em Fátima, mas tendo agora mais dificuldades em pista nova, pneus cheios e ganchos traiçoeiros. Tiveram a companhia do estreante Jaime Silva, o melhor dos 7 pilotos que se estrearam este ano nesta pista. Terminaram em 9º, 10º e 11º separados por apenas 4 décimos de segundo!
Também Paulo Ribeiro teve problemas com os pneus cheios e o gancho. O piloto da Acceleron mostrou-se uns furos abaixo do habitual, mas sem deixar de dar luta ao pelotão intermédio, terminando 3s atrás de Silva.
Daniel Sousa teve um regresso em grande. Fez valer a sua experiência neste circuito e foi um excelente 13º, tendo em conta o diferencial de lastro que o separava dos seus adversários. A sua melhor volta foi apenas 1,3s pior que a volta mais rápida; e foi o único dos 5 pilotos que participaram em 2008 a conseguir melhorar o seu tempo de então!
Mais uma vez, a sua pontuação foi essencial para o 4º lugar obtido pela 150 SARIP.
Luís Agostinho, tal como vários outros pilotos, acusou o facto de estar ausente das pistas há muito tempo (tal como Hélder Antunes, não participava no TPC desde Fevereiro de 2007) e teve de lidar com as particularidades da pista e com adversários mais rodados. Não estando entre os mais rápidos, foi bastante consistente e poderá voltar em forma em 2011.
Paulo Carolino foi o autor da volta mais rápida... mais lenta, mas compensou esse facto com a regularidade suficiente para obter o 15º no final. Tal como Antunes, também Carolino estava ausente das pistas há muito tempo.
Os jovens Paulo Godinho e Ruben Barcelo estiveram muito bem. Dada a sua inexperiência, fizeram voltas mais rápidas muito boas (apenas 2,1s e 2,3s mais lentos que a volta mais rápida, respectivamente) e demonstraram boa noção do que é o bom comportamento em pista, não facilitando a vida a quem vinha para lhes dar uma volta mas também sem dificultarem desnecessariamente. Trata-se de pilotos com bom potencial e que esperamos receber no Troféu em 2011!
De Hélder Antunes já aqui se falou. Regressado ao fim de 3 anos e meio, não fez uma boa qualificação mas conseguiu superar o estreante Barcelo por grande margem, e chegou a estar em 16º, à frente de Paulo Godinho. O 17º serviu, afinal, os objectivos do piloto leiriense: não ser último na corrida, nem no campeonato. Só mesmo com mais ritmo de corrida poderá Antunes aspirar a melhores classificações.
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