segunda-feira, 8 de março de 2010

X GP - a entrevista de Paulo Ribeiro





A @cceleron terminou a corrida no 13º e 14º lugares, posições muito aquém do esperado. O que se passou?
Esta corrida não nos podia ter corrido pior… Foi um autêntico desastre. Não nos conseguimos adaptar às condições da pista, falta-nos técnica e experiência em molhado com slicks. Tentámos rodar depressa, fizemos erros consecutivos, pagámos o preço.



Qual a sua opinião geral da corrida?
A corrida foi boa, embora a luta fosse com a pista, não entre os pilotos. Gostei de ver uma partida limpa. Houve alguns toques a mais mas, nas condições que estavam, são aceitáveis…



Acreditava poder obter uma melhor classificação?
Sem dúvida. Mas quando tive que deixar passar o pelotão, por duas vezes… percebi que a minha corrida tinha acabado ali. Restava-me controlar os danos.



O que achou da pista da Batalha?
Gosto da pista em seco. Em molhado, chega a ser perigosa demais. Não percebo como uma das melhores pistas do país não pode ter os carros equipados com pneus de chuva. Não é por acaso que, na Europa, se desenvolveram os pneus de chuva. Nos States, preferem parar ou adiar. Os karts pareceram-me bastante bons. A ideia dos lastros é que não faz sentido nenhum… Um peso médio por piloto de 80 quilos? Já agora, temos que ter todos 1 metro e 85?… Em Portugal, o peso médio do piloto varia entre os 70 e 75 quilos. É este o valor de referência na maioria dos kartódromos. Fica a nota. Já andamos a arrastar ferro que chegue…



Como reagiu à largada e à primeira volta?
Foi o meu melhor período da corrida! Ganhei lugares na partida ao curvar por dentro e consegui aguentar-me no tráfego. Quando quis ir buscar os primeiros, comecei a minha longa série de “têtes” e pronto, acabou-se…



Sabia em que posição estava?
Nunca soube… É pena que os kartódromos não tenham um totem de classificação a seguir à meta… Era o ideal.



Como estavam as condições de visibilidade?
Aceitáveis durante quase toda a corrida. No final, piorou, a viseira estava toda cheia de terra, lama e embaciado…



Quais as perspectivas para os campeonatos?
Estamos muito expectantes… A nossa pontuação foi mínima e as restantes equipas ganharam uma grande vantagem, difícil de recuperar rapidamente. Só depois da prova no KIRO poderemos aferir melhor a situação. Mas estamos feridos no nosso orgulho. Vamos para o Bombarral para atacar a fundo. É tudo ou nada.

1 comentário:

Ismael disse...

Paulo, permite-me discordar relativamente à periculosidade da pista. Creio que se a pista estivesse realmente perigosa, o kartódromo teria suspendido/adiado. Perigo é quando os karts se tornam totalmente incontroláveis, coisa que nao se provou visto que todos conseguiram fazer 20 ou mais voltas, e tanto antes como depois havia outros pilotos a ocupar a pista. Trata-se apenas de nos adaptarmos às condiçoes existentes...