terça-feira, 28 de junho de 2011

XVIII GP - entrevista c/ Carlos Santos

C. Santos. Foto by João Serralheiro
Qual a sua opinião geral da corrida? Como lidou com o calor?
Estava muito calor, optei por não correr com o fato para não fazer efeito estufa. Consegui suportar bem a temperatura até ao final da corrida apesar de ter terminado super estafado e quase ofegante. Parece ser um circuito cansativo independentemente da temperatura exterior.


Foi a primeira vez que correu no Carregado? O que acha do traçado? Dá para ultrapassar?
Foi a 2ª vez que corri no Carregado, sendo que a 1ª foram apenas umas voltas para experimentar um Kart. Desta vez sim deu para ter a percepção que a pista parece um funil em que quando precisamos de ultrapassar, não há espaço ou é num local em que o Kart está ainda a recuperar rotação. É uma pista bastante técnica derivadas as sucessivas curvas e contra-curvas. (clicar em Ler mais)






Como reagiu à largada e à primeira volta?
A largada correu bastante bem, consegui saltar de 7º para 3º lugar entre a 1ª e a 2ª curva. Ao final da primeira volta, na curva rápida à direita após a recta da meta, o Kart fugiu um pouco de traseira e foi o suficiente para perder rotação e 2 preciosas posições. É nestas alturas que se comprova que o mínimo erro é o suficiente para se perder uma corrida.



Como geriu o esforço nas últimas voltas?
As últimas voltas foram estafantes e também confusas quando um membro da organização fica junto à meta com a mão no ar. Visto que não apresentou nenhuma bandeira e eu nunca tinha visto tal gesto numa corrida, levantei a minha mão mostrando apenas o dedo indicador (perguntando se faltava uma volta), à qual ele acenou que sim com a cabeça... Nesse momento abrandei o ritmo para garantir que não cometeria nenhuma falha. Terminei essa volta e não mostraram a bandeira de fim de prova, então pensei que secalhar faltava 1 minuto e que a corrida terminaria na volta seguinte. Também não foi o caso... dei mais umas voltas e nesse momento já tinha 2 pilotos colados a mim. Acabei por ver o mesmo membro da organização junto à meta a levantar apenas o indicador... foi nesse momento que percebi que ele estava a mostrar anteriormente que faltavam 5 voltas e que agora só faltava 1. Foi de facto confuso e fico a pensar para que servem as bandeiras? Algo também importante que falhou por não ter havido briefing foi explicar aos menos experientes que se estão a levar volta de avanço, têm de facilitar a passagem aos pilotos mais rápidos. No meu caso houve 2 voltas que fiquei bastante para trás pois não conseguia ultrapassar o Kilic nem por dentro nem por fora pois ele estava sempre a bloquear-me a passagem e acabei mesmo por perder 1 posição por causa dessa dificuldade (felizmente consegui recuperá-la 2 voltas depois). Moral da história, se nos perguntarem se já todos sabemos como funciona e se precisamos de briefing, mais vale perder esses 5 minutos e talvez ouvir coisas que já sabemos do que depois perder tempo em pista pois não ouvimos algo que deveríamos ter conhecimento. Cada Kartódromo é diferente e não têm todos de trabalhar da mesma maneira, é importante perceber como cada um funciona.


Quais as perspectivas para o resto do campeonato?
Esta prova de facto era importante para conseguir manter-me próximo dos lugares do podium e o 6º lugar não me trouxe nenhuma vantagem. Espero que as 2 últimas provas corram melhor e que consiga subir na classificativa a nível individual.


E a sua equipa, até onde poderá chegar?
Já vimos melhores dias, o Rupes infelizmente não conseguiu participar nesta corrida (por motivos pessoais) e acabei por solicitar à organização que o João Morgado fizesse parte dos Outlaws nesta prova como previsto no regulamento. O Morgado conseguiu o 12º lugar entre 16, o que foi muito positivo, visto que foi apenas a sua 3ª experiência de karting. Mas não ficaremos por aqui, os Outlaws lutarão até ao fim.

1 comentário:

Paulo "McQueen" Ribeiro disse...

Realmente, Carlos, aquele arranque foi à campeão! Vais gostar de Palmela, vais, vais...