Face à polémica que se tem instalado relativamente à disciplina em pista, a Organização vem esclarecer o seguinte:
- não há motivos para acreditar que o Troféu Pedro Chaves tenha mais indisciplina que qualquer outra modalidade automobilística (excepção aos ralis, onde não existe confronto directo entre pilotos.) Seja a Taça Inter-Troféus, onde há histórias de acidentes perigosos, seja a própria F1, onde Senna e Prost construíram um currículo de manobras arriscadas, há coisas que são próprias do automobilismo.
- o Troféu Pedro Chaves desde sempre primou por um espírito de competição saudável entre os seus participantes e, apesar de tudo, continua a não haver registo de incidentes graves. De resto, os toques nunca são responsabilidade de uma “ovelha” negra; pilotos veteranos, pilotos com algum tempo de casa, estreantes absolutos, e até alguns que se queixam – de todos há algum registo de incidentes.
- Em 2010, o Troféu Pedro Chaves passou a ter mais meios vídeo, e isso tem permitido quase identificar os responsáveis dos “toques” mais “mediáticos”. Contudo, e tal como acontece no futebol profissional, não acreditamos que essa seja uma forma de a Organização se substituir às responsabilidades dos kartódromos – que são os primeiros interessados em manter a integridade dos seus equipamentos.
- O Troféu Pedro Chaves não tem outros meios de influenciar as Organizações dos Kartódromos que não a reclamação posterior à corrida e a penalização em termos de calendário. É sabido que não vamos a Almeirim em 2010 por esse motivo. O calendário de 2011 ainda não está definido e esses critérios continuarão a ser aplicados.
- A Organização, mais uma vez, apela ao espírito desportivo de todos os participantes, presentes e futuros, do Troféu.
1 comentário:
Pois parece-me que a Organização está a misturar as coisas e a sacudir a água do capote...
Não se trata de um problema de indisciplina, será, quanto muito, uma questão de conduta em pista, que tem regras, quebradas, frequentemente, como se pode ver nestes exemplos excepcionais do que não se deve fazer.
Curiosamente, devem ser estes os modelos de muita gente, reparo agora, porque estamos aqui a ver o exemplo dado por 3 campeões do mundo...
Então vejamos: segundo estes exemplos, deveria ter sempre fechado a porta a qualquer concorrente que me tentasse ultrapassar por dentro já que parece que a "velha" regra de que quem está na trajectória interior tem prioridade está, digamos assim, ultrapassada... Seria interesante ver o resultado.
Pois eu digo e afirmo aqui para que fique claro, que o problema, se o há, advém do facto de usar as protecções dos carros como travão. Não pode haver justificação para os exageros verificados. Ou não sabem, de facto, conduzir ou então pretendem deliberadamente, colocar fora de pista os outros concorrentes e isso não é admissível. Ou é?
Se a memória não me falha, quem está por fora não pode cortar a trajectória a quem está por dentro, tem que aguentar a sua trajectória, mais nada.
Quem vai atrás de alguém não pode deixar de travar para evitar bater na traseira do piloto que o precede, só porque travar lhe faz perder um décimo de segundo e meia dúzia de rotações por minuto.
Quem vai à frente de alguém, não pode ir aos esses, impedindo a ultrapassagem de quem o segue.
Enquanto as pessoas não se capacitarem que estas regras existem por boa razão, o melhor é absterem-se de estar em pista.
Enquanto a organização vier com estas conversas "que não é nada, ninguém se magoou, isto é natural" a única coisa que está a fazer é dar cobertura aos piores vícios possíveis de comportamento em pista.
Desde Almeirim que temos vindo a assistir, regularmente, a "molhadas" que não podem ser justificadas. Devem estar à espera que alguém se magoe para agir... A nossa sorte é ter os pára-choques. Se estivéssemos a competir com as rodas de fora, tenho a certeza que já tínhamos aprendido a lição à conta de algum ou alguns desgraçados com mais azar.
No momento em que se penalizar um toque com um "Stop-and-Go" vamos, concerteza, reparar que toda a gente sabe bem dar uso ao pedal esquerdo...
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