quinta-feira, 16 de julho de 2009

VII GP - entrevista com João Rodrigues

8º nos treinos e 9º na corrida, o campeão em título esteve muitos furos abaixo do que lhe é habitual e efectuou sem dúvida a pior corrida da sua carreira.


9º é o pior resultado da sua carreira. O que aconteceu?
Na realidade não consigo encontrar explicação para o desempenho pouco conseguido durante este GP; nunca senti que tivesse condições para lutar por um lugar melhor. Tudo começou mal; mesmo antes de começar a 1ª volta lançada nos treinos, fiquei "apeado", o kart começou a engasgar e pouco depois morreu. Se já estava pouco confiante num bom resultado, posso dizer que esse terá sido o momento em que fiquei com menos confiança e que talvez me tenha posto mais apreensivo.


Qual a sua opinião geral da corrida?
Tendo em conta o resultado, não poderei dizer que sentirei a falta desta pista, mas durante toda a corrida foram poucos os momentos em que senti que poderia estar competitivo; isso, mais que o resultado, terá sido o factor que me leva a dizer que foi uma corrida muito má em termos pessoais, obviamente.

Na grelha, o semblante carregado do campeão em título deixava antever o desastre.


Como reagiu à largada e à primeira volta?
Provavelmente esse foi o ponto alto de todo o GP para mim. Fiz um bom arranque, mesmo tendo sido tapado pelo mau arranque do piloto k se situava à minha frente na grelha… [o 6º nos treinos Tiago Capela, N.A.] Apesar disso julgo que consegui chegar à 3ª curva em 5º, mas a falta de competitividade era notória e não consegui evitar ser ultrapassado por 2 ou 3 pilotos antes do final da volta.


Não houve sequer hipótese de lutar com o estreante Bajouco?
Depois de toda a adrenalina e confusão da 1ª volta e devido ao ritmo imposto pelos pilotos da frente, rapidamente me vi numa corrida isolada durante grande parte da corrida, mas a cerca de 8/10 voltas do fim comecei a ser acossado por um pequeno grupo que seguia atrás de mim. Desse grupo saíu o Luis Bajouco que se mostrava bastante mais rápido que eu, e daí ter sido natural que me tivesse passado pouco depois, juntamente com mais um piloto que lhe seguia na roda... Mas 2 ou 3 voltas depois deparei-me com um incidente que terá ocorrido entre esses dois pilotos, em que o Bajouco terá sido o maior prejudicado, ficando para trás e permitindo-me subir uma posição na classificação.
No entanto, devido à minha notória falta de competitividade, juntamente com algum cansaço, fui novamente alcançado por Bajouco a 3 voltas do fim, e embora tivesse tentado de tudo para evitar a ultrapassagem e depois recuperar dela, todos os meus esforços foram em vão acabando o estreante por conseguir o 8º lugar na tabela.


5 – Onde estará a diferença entre o “segundo pelotão” e os “Silva Brawn”?
Tendo em conta a minha falta de conhecimento dessa equipa e baseando-me somente em comentários de outros pilotos, diria que a grande diferença está na experiência que essa dupla tem, diria que serão 1 equipa semi-profissional enquanto que o resto do pelotão é nitidamente amador. No entanto não se pode tirar o mérito a quem o tem, por tal os meus parabéns aos vencedores.


6 – Mário Alemão está só a 4 pontos. Será o seu colega de equipa o principal adversário na renovação do título?
Julgo que ainda é cedo para tirar grandes conclusões sobre candidaturas ao título...Como se viu nestas 2 provas, qualquer resultado é possível a qualquer piloto. Veja-se o meu caso: depois de uma vitória, um nono lugar. Por tal, não faz sentido responder a essa questão... Posso, isso sim, garantir que o Mário e eu temos fortes pretensões a conquistar o titulo de equipas, e tudo faremos para que na luta por esse objectivo um de nós possa erguer também o troféu de pilotos no fim do campeonato. Se não conseguir revalidar o título, espero que o meu companheiro de equipa o consiga arrebatar.

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