terça-feira, 21 de julho de 2009

VII GP - entrevista com Eugénio Silva

Continuamos a nossa ronda de entrevistas, agora com o pole position e 2º classificado, Eugénio Silva.



Qual a sua opinião geral da corrida?
Em primeiro lugar quero desde já agradecer a possibilidade de participar num troféu / convívio deste género, composto no seu todo por pessoas extraordinárias e, onde tive a oportunidade de constatar, possuir uma excelente organização, proporcionando a todos momentos muito agradáveis.

Aproveito também, para solicitar a todos que retirem o “ Sr. “ junto ao meu nome, pois como sempre diz o povo "o Sr. está no Céu”.

Vamos então à questão colocada:

Considerei uma corrida extraordinária, conseguindo com algum esforço após a partida, liderar à entrada da primeira curva. Também fiquei surpreendido com a brusca passagem do sinal vermelho para verde. Durante toda a prova tentei não cometer erros e respeitar integralmente as trajectórias. Senti após algumas voltas o Nelson com persistência ao meu lado na descida entre a curva 5 e 6, tentando a ultrapassagem, consumando positivamente o facto algum tempo depois. Para dizer a verdade considero essa para mim, uma das curvas mais difíceis de negociar. Após a ultrapassagem preocupei-me não só em não “descolar” muito dele, mas também em não perder tempo possibilitando assim a aproximação por parte dos mais directos perseguidores. Não queria deixar aqui de exprimir o meu agradecimento e apreço pela postura correctíssima que todos os adversários tiveram na altura das dobragens, não facilitando como se pede, mas não dificultando as mesmas, estando sempre com olhar atento às respectivas bandeiras.


A sua pole position deixou o 2º classificado a 4 décimos de segundo – uma autêntica volta-canhão. Esperava estes resultados antes da corrida?
Sinceramente, refiro que me senti um pouco surpreendido pelo facto de ter obtido a “pole-position”, esperando sim conseguir ficar provavelmente nos cinco primeiros, ainda que não conhecendo a maior parte dos adversários. Pelos resultados dos treinos, também pude reparar que fui bastante regular e, penso que foi numa designada “volta limpa”, que consegui obter a melhor marca. Considero este traçado muito exigente e, como o meu filho Nelson já teve oportunidade de referir na sua entrevista, ambos possuímos também algum conhecimento do mesmo, uma vez que efectuamos treinos regulares nesta pista e participamos também em Maio último na longa prova das 500 milhas da Batalha 2009.


Como reagiu à largada e à primeira volta?
Completando o que atrás referi, é fundamental mantermos a posição da largada à entrada da 1ª curva e tentando no decorrer da prova evitar o mais possível as chamadas “escorregadelas”. Depois disso é fundamental procurarmos ser o mais regular possível.


Já aqui foi descrita a luta com o eventual vencedor da corrida, Nelson Silva. Como foi a luta? O que faltou para chegar à vitória?
Depois do Nelson me ter ultrapassado, consegui que a distância para ele não fosse aumentando, mas efectivamente não tive a possibilidade de o voltar a passar, também porque tive oportunidade de observar que ele não cometia o mais pequeno erro e, agravado também pelo calor que se fazia sentir, aumentando assim o cansaço, contribuindo assim para a diminuição gradual das forças.


Quais as perspectivas para a próxima corrida?
Penso que todas as corridas deste género são sempre muito competitivas, uma vez que os karts e pilotos têm andamentos muito idênticos, sendo também fundamental ter como aliada uma pitadinha de sorte, evitando acontecer alguns percalços como foi o caso nesta última prova com alguns concorrentes.


Para finalizar, aproveitamos para abordar um assunto sobre o qual muito se tem falado ultimamente neste blogue: karting em piso molhado. Certamente que já pilotou algumas vezes à chuva. Quais as principais diferenças para o piso seco, e quais os segredos para pilotar um kart em piso molhado, com pneus slicks?
Penso que da ainda pouca experiência que tenho neste tipo de piso é a obrigatoriedade de termos que abordar as curvas pela parte mais “suja”, evitarmos principalmente travar nos limites e sermos também um pouco mais moderados na abordagem às mesmas.

Obrigado, até à próxima, saudações desportivas!!!

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