XXII GP - entrevista c/ I. Paulino

I. Paulino (imagem João Serralheiro)

Qual a sua opinião geral da corrida, em especial sobre o piso molhado?
Foi mais uma corrida muito divertida e em que me senti bem do princípio ao fim, e ter feito a volta mais rápida prova isso mesmo. Aliás, creio que só mesmo na corrida de Almeirim do ano passado é que não me consegui propriamente divertir. Aqui tivemos mais uma novidade, que foi piso húmido, mas não propriamente molhado, nem apanhámos chuva a sério.
Claro que ter feito a volta mais rápida e terminar em oitavo é uma enorme desilusão. Com mais calma nas primeiras voltas e talvez pudesse ter chegado ao pódio, embora fosse difícil bater o Reinold e o Ruben porque eles só cometeram um erro cada um (olhando para as tabelas), logo ao início, e não parece ter sido grave. O meu 8º é totalmente merecido.
Esperava um pouco mais do Tiago Ferreira e do Eugénio, dada os resultados de um e a suposta (pensava eu..) experiência que imaginei no outro. Verifiquei que o meu confrade Daniel Paulino conseguiu uma volta mais rápida dois segundos melhor que a dos seus mais directos mais adversários e quero acreditar que foi devido ao conselho que muito rapidamente lhe dei na formação da pré-grelha sobre condução à chuva! Ou então é simplesmente um piloto com boa margem de progressão. Espero que os três continuem a aparecer no TPC, até porque vamos fazer mais 3 provas na Alta Estremadura este ano. E tive pena que os pilotos da KXT não explicassem um pouco melhor aqui nas entrevistas aquele jogo de equipa que protagonizaram na última volta.


Já tinha corrido na variante D do kartódromo de Leiria?



Nunca, e espero, como toda a gente, vir a correr aqui em piso seco. Quem idealizou o kartódromo dos Milagres está de parabéns, porque apesar de a recta da meta e a recta das boxes serem sempre iguais, as três pistas que utilizamos conseguem ser suficientemente diferentes para nos dar a sensação de que se trata de uma pista diferente. São várias as curvas cuja abordagem se torna totalmente diferente consoante a variante utilizada.


Acha que se poderia ter aplicado a Lei de Jogo que manda, em caso de dúvida na marcação de um fora de jogo, beneficiar a equipa atacante?
Do alto da minha imparcialidade clubística, acho que sim. Não é um fora de jogo de 2 metros e muito menos num lance corrido. É fácil observar nas imagens após o jogo, e com a tecnologia actual, porque quando dava o Domingo Desportivo a seguir à Kananga do Japão, não havia o tracinho amarelo e mesmo no após jogo era difícil determinar se era ou não era. Ninguém se lembra da Kananga do Japão?


Como reagiu aos treinos, à largada, e à primeira volta?
Cometi vários erros nos treinos e quero acreditar que estraguei uma volta de pole position com um erro na travagem da recta oposta. Larguei com muitas cautelas para não estragar a corrida de início, tendo perdido uns 2 ou 3 lugares, mas logo à quarta volta fiz o primeiro pião grave, na travagem da recta oposta, e depois na oitava acabei com o resto na entrada da recta da meta.


Consegue explicar porque motivo o dr. Isaltino Morais e o sr. Carlos Cruz, que já foram dados como culpados mais que uma vez e esgotaram os recursos todos, não foram já agarrados pelo colarinho?
Eu julgava que o Dr. Vale e Azevedo era o mestre da fuga, mas estou equivocado. Ele esteve preso, fizeram-lhe a indecência de o agarrar pelo colarinho à saída da prisão e teve de fugir do país. Os mestres não precisam de sair do país.


Quais as suas perspectivas, e da sua equipa, para a próxima corrida e para o campeonato?
Para o campeonato de pilotos, a minha perspectiva é terminar nos 10 primeiros. Olhando à minha volta na tabela do campeonato, quase todos os meus rivais já venceram corridas ou estiveram perto disso, pelo que se adivinha um campeonato renhidíssimo. Para o campeonato de equipas, é a revalidação do título, claro. Se mesmo com uma ausência e um resultado mediano da minha parte coseguimos estar apenas a 10 pontos da liderança, tudo pode acontecer! Dependendo, claro, de conseguirmos ir a todas as provas, mas é visível que o Reinold está em forma – foi a sua primeira vitória ao serviço da 150 SARIP – e portanto vamos esperar para ver.