Terminamos a sequência de crónicas da autoria de Paulo Ribeiro, 4º classificado em Leiria e 5º no Troféu 2009.
"Foi nessas voltas finais que o Tiago Capela me apanhou e me dobrou enquanto "ralhava" comigo ao ver as minhas trajectórias! Achei piada e quase nos embrulhámos, ele até fez um pião por minha culpa. Desdobrei-me mas asneirei logo de seguida e ele não perdoou e deu-me a chapelada. É assim mesmo Capela! Quem não anda, desanda!
A bandeirada de xadrez foi agradável porque, naquele momento, a água já tinha chegado às cuecas e estava-se a tornar desconfortável... Depois, foi a confusão do costume para perceber os resultados, encontrar os cigarros, fugir aos - vários, pasme-se - repórteres fotográficos e camera-men! Este troféu está a tornar-se num portento mediático.
Terminei em quarto, nada mau, considerando as asneiras que andei a fazer toda a corrida. O lugar que perdi no arranque foi o que levei até final, sem ter sofrido oposição. Por isso digo que a minha corrida acabou no primeiro pião. Os meus parabéns ao Tiago Ferreira que conduz espectacularmente bem e espero poder voltar a defrontar numa próxima oportunidade. Para a próxima, está debaixo de olho. Espero é ver-lhe mais que o escape...
Com os níveis de nicotina já repostos, chegou a hora das solenidades: entrega de prémios, champanhe proletário, correrias, aplausos e gritaria. Só foi pena não nos organizarmos para fazer um jantarinho de comemoração. Fica para a próxima. No final de contas, mais uma prova agradável, uma tarde bem passada, em boa companhia, a fazer o que se gosta. Temos que continuar a fazer isto. E a conviver mais um bocadinho também.
Até à próxima!"
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
IX GP - entrevista vídeo c/ I. Paulino
Pelo meio das más condições de filmagem (nomeadamente por o entrevistado estar a falar demasiado rápido), Paulino refere que "é verdade que o Alzamora venceu um campeonato sem vencer uma corrida, mas isso só acontece uma vez." (É logo depois de alguém ter dito que "nem de cuecas posso ir para casa", por volta de 1m38s do vídeo).
O piloto que era natural de Turquel no tempo do Bilhete de Identidade refere-se a Emílio Alzamora, piloto espanhol de motociclismo que, em 1999, venceu o campeonato mundial de 125cc sem ter vencido uma única corrida, o que é, ao que se sabe, caso único.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
IX GP - a Crónica de Paulo Ribeiro (IV)
«Com chuva e pneus slick, além de ser essencial um pézinho leve na aceleração, as curvas têm que ser obrigatoriamente feitas pelo lado exterior das curvas, a zona "suja" como é conhecida. A zona "limpa", em piso seco, é a que oferece melhor aderência. Mas acumula muita borracha que, com água, se torna tão escorrregadia como gelo. Por isso, com piso molhado, é zona proibida.
Simplesmente, errava constantemente a abordagem dos dois ganchos mais importantes do circuito: o de entrada na recta da meta e o gancho da Oficina, no extremo do recinto. Errava, por não entrar na trajectória correcta e por estar a travar mal e cedo demais. Desequilibrava o kart em vez de o travar antes do "lock" à direcção e do deslizar até ao retorno da aderência da direcção e à trajectória correcta de saída.
O dilúvio que se abateu sobre o circuito não teve praticamente nenhuma influência no meu resultado, não me prejudicou particularmente. Já o disse uma vez e torno a afirmá-lo: estas corridas ao lusco-fusco não são boas para nós. Não conheço ainda nenhum kartódromo que disponha de uma iluminação suficientemente boa que permita uma boa visibilidade tão boa à noite como de dia. Havia zonas de escuridão no circuito que até se tornavam perigosas se somado a quebra de visibilidade das viseiras molhadas...
Mais para o final da corrida ainda dei uns toques - quase inevitáveis - em pelo menos um piloto que teve o azar de estar ao pé de mim... Logo ali lhe pedi desculpa, as condições do piso estavam complicadas, acredito que as aceitou e compreendeu. Malta muito desportista, sem dúvida, tenho que reconhecer. Só por isso compensa participar.»
(continua)
Simplesmente, errava constantemente a abordagem dos dois ganchos mais importantes do circuito: o de entrada na recta da meta e o gancho da Oficina, no extremo do recinto. Errava, por não entrar na trajectória correcta e por estar a travar mal e cedo demais. Desequilibrava o kart em vez de o travar antes do "lock" à direcção e do deslizar até ao retorno da aderência da direcção e à trajectória correcta de saída.
O dilúvio que se abateu sobre o circuito não teve praticamente nenhuma influência no meu resultado, não me prejudicou particularmente. Já o disse uma vez e torno a afirmá-lo: estas corridas ao lusco-fusco não são boas para nós. Não conheço ainda nenhum kartódromo que disponha de uma iluminação suficientemente boa que permita uma boa visibilidade tão boa à noite como de dia. Havia zonas de escuridão no circuito que até se tornavam perigosas se somado a quebra de visibilidade das viseiras molhadas...
Mais para o final da corrida ainda dei uns toques - quase inevitáveis - em pelo menos um piloto que teve o azar de estar ao pé de mim... Logo ali lhe pedi desculpa, as condições do piso estavam complicadas, acredito que as aceitou e compreendeu. Malta muito desportista, sem dúvida, tenho que reconhecer. Só por isso compensa participar.»
(continua)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
IX GP - a Crónica de Paulo Ribeiro (III)
«O semáforo vermelho estava aceso. Assim que se apagasse, quinze pilotos iam disputar a entrada na primeira curva do circuito, o bilhete de acesso a uma boa posição na corrida. Mentalmente, pensei que tinha onze jovens leões atrás de mim, ávidos de velocidade, e ao meu lado o João, o provável campeão. Á minha frente, duas raposas experientes e rápidas, o Tiago Capela e o Ismael Paulino.
A pergunta que não me saía da cabeça era se os leõezinhos se iam lembrar do piso escorregadio... e me iam embrulhar na confusão... Qual a melhor trajectória para não perder o controle, defender a posição e saír o mais rapidamente possível da zona de perigo? Enquanto pensava em tudo isto, escapou-me o detalhe mais importante. Mas é natural. Ele estava mesmo atrás de mim.
As luzes apagaram-se e arrancámos, acelerando o possível para não derrapar. À minha frente, o Tiago, o Ismael e o João aceleravam e colocavam-se na melhor posição posível para a primeira curva, à direita. Eu decidi ir sempre junto à corda, travar e curvar devagar, por dentro, na zona má e saír o mais suavemente possível.
Fui de imediato envolvido por vários pilotos, à minha esquerda, enquanto via o Ismael apoiado no Capela, o João quase a saír a direito e comecei a ouvir toques. Alguém me passa na travagem,entro devagar, deslizo demais, saio de traseira, não posso acelerar a fundo, fico a ver esse piloto - o Tiago Ferreira, sei agora - a afastar-se, seguido de perto pelo Capela e o Ismael.
A minha corrida começou aqui. E terminou quando fiz o primeiro pião, um pouco depois. Descolei dos mais rápidos e nunca consegui recuperar. Atrás de mim, aparentemente, havia muita gente em sérias dificuldades... Criou-se outro fosso. Estava praticamente sozinho, restava-me pilotar o melhor possível, o que não fiz, alternando voltas aceitáveis com voltas lentas devido aos inúmeros erros e aos piões subsequentes.»
(continua)
A pergunta que não me saía da cabeça era se os leõezinhos se iam lembrar do piso escorregadio... e me iam embrulhar na confusão... Qual a melhor trajectória para não perder o controle, defender a posição e saír o mais rapidamente possível da zona de perigo? Enquanto pensava em tudo isto, escapou-me o detalhe mais importante. Mas é natural. Ele estava mesmo atrás de mim.
As luzes apagaram-se e arrancámos, acelerando o possível para não derrapar. À minha frente, o Tiago, o Ismael e o João aceleravam e colocavam-se na melhor posição posível para a primeira curva, à direita. Eu decidi ir sempre junto à corda, travar e curvar devagar, por dentro, na zona má e saír o mais suavemente possível.
Fui de imediato envolvido por vários pilotos, à minha esquerda, enquanto via o Ismael apoiado no Capela, o João quase a saír a direito e comecei a ouvir toques. Alguém me passa na travagem,entro devagar, deslizo demais, saio de traseira, não posso acelerar a fundo, fico a ver esse piloto - o Tiago Ferreira, sei agora - a afastar-se, seguido de perto pelo Capela e o Ismael.
A minha corrida começou aqui. E terminou quando fiz o primeiro pião, um pouco depois. Descolei dos mais rápidos e nunca consegui recuperar. Atrás de mim, aparentemente, havia muita gente em sérias dificuldades... Criou-se outro fosso. Estava praticamente sozinho, restava-me pilotar o melhor possível, o que não fiz, alternando voltas aceitáveis com voltas lentas devido aos inúmeros erros e aos piões subsequentes.»
(continua)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
IX GP - entrevista vídeo c/ Pedro Ferreira
Com efeito, todos os pilotos, pelo facto de alinhar em qualquer dos 4 GP de 2009, participam automaticamente no Troféu Pedro Chaves. Pedro Ferreira obteve a 30ª posição, num total de 47 pilotos. A determinação demonstrada no final da entrevista aponta para melhores resultados em 2010!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
IX GP - A crónica de Paulo Ribeiro (II)
«Comecei os treinos a sério na segunda volta. Ainda hoje estou espantado com o terceiro lugar na grelha. Foram os treinos mais descontraídos de que me lembro. Não só não andei no máximo como não tentei nenhuma volta "Banzai". Rolei rápido e tentei conhecer a pista. E não estava a correr nada mal até ao momento que vi três pequenas gotas de água na viseira. "Não acredito - pensei eu - está a chover!"
Drama, pânico, confusão. Subitamente, todos à minha volta começavam a entrar em "tête", uns à frente, outros ao lado, atrás. Até eu me vi aflito para me manter em pista e não dar nenhum toque. Para mim, aquelas gotas foram o final dos treinos. Agora, só pensava em ir vestir o fato de chuva que tão imprudentemente tinha deixado guardadinho no escritório...
E assim fiz. Uma voltinha de patinagem artística e toca a entrar nas boxes. Neste momento lembrei-me de um episódio do passado, mas isso agora não interessa nada... Parei o carro e corri para o escritório. Fechado à chave. Quem tem a chave? A D. Helena. Onde está a D. Helena? Na torre de controlo... Isto vai ter que ser assim mesmo, pensei eu, é prá molha, seja o que Deus quiser...
E lá fui. Uma volta até à pré-grelha e já estava tudo à minha espera, mandaram-me seguir de imediato para a grelha e tomar a minha posição. Foi aqui que descobri que tinha feito o terceiro tempo nos treinos. Nada mau para um estreante nesta pista. E logo atrás do Ismael e do Capela, bons volantes, rápidos e eficientes... Onde estaria o João? E lá aguardei que todos tomassem os seus lugares. O comissário deu a grelha como formada e acenderam-se as luzes vermelhas do semáforo. Tinha chegado o momento da verdade. Era o momento da partida.»
(Continua)
Drama, pânico, confusão. Subitamente, todos à minha volta começavam a entrar em "tête", uns à frente, outros ao lado, atrás. Até eu me vi aflito para me manter em pista e não dar nenhum toque. Para mim, aquelas gotas foram o final dos treinos. Agora, só pensava em ir vestir o fato de chuva que tão imprudentemente tinha deixado guardadinho no escritório...
E assim fiz. Uma voltinha de patinagem artística e toca a entrar nas boxes. Neste momento lembrei-me de um episódio do passado, mas isso agora não interessa nada... Parei o carro e corri para o escritório. Fechado à chave. Quem tem a chave? A D. Helena. Onde está a D. Helena? Na torre de controlo... Isto vai ter que ser assim mesmo, pensei eu, é prá molha, seja o que Deus quiser...
E lá fui. Uma volta até à pré-grelha e já estava tudo à minha espera, mandaram-me seguir de imediato para a grelha e tomar a minha posição. Foi aqui que descobri que tinha feito o terceiro tempo nos treinos. Nada mau para um estreante nesta pista. E logo atrás do Ismael e do Capela, bons volantes, rápidos e eficientes... Onde estaria o João? E lá aguardei que todos tomassem os seus lugares. O comissário deu a grelha como formada e acenderam-se as luzes vermelhas do semáforo. Tinha chegado o momento da verdade. Era o momento da partida.»
(Continua)
domingo, 6 de dezembro de 2009
O Troféu Pedro Chaves nas redes sociais
Relembramos a todos os participantes, amigos, curiosos do karting amador em geral e a todos os nossos leitores no particular, que além desta presença no blogger (que nos acompanha desde o início, em Fevereiro 2007), o Troféu Pedro Chaves está presente no Facebook
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IX GP - entrevista vídeo c/ João Rodrigues
A quente, as reacções de Rodrigues, logo após a revalidação do título.
sábado, 5 de dezembro de 2009
IX GP - Resultados da Corrida
Com uma semana de atraso, foram hoje adicionados no respectivo link os resultados finais da corrida. Por uma questão de comodidade, ficam também aqui, na página principal.
IX GP - crónica de Paulo Ribeiro (I)
P. Ribeiro, na recta das boxes. |
"O dia apresentou-se agradável, nublado, mas sem grandes ameaças de chuva. As minhas ambições eram simples: obter o melhor resultado possível. Circuito desconhecido, carros desconhecidos, organização desconhecida. Tempo inseguro e previsões de chuva. Mas, estranhamente, não estava nada apreensivo, não sentia qualquer tipo de ansiedade. Vantagem de quem nada tem a ganhar ou a perder. Depois de uma corrida para esquecer, em Almeirim, o dia prometia.
O kartódromo agradou-me de imediato. Bom aspecto, bem equipado, arrumadinho. E bonito. Só achei estranha a questão da localização da linha de partida...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
IX GP - entrevista vídeo c/ Tiago Capela
Vencedor da corrida, com 58 seg. de vantagem sobre o 2º classificado, 1m28s sobre o 3º e pelo menos 1 volta sobre os demais, em entrevista.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Imagens do dilúvio
Na parte final dos treinos, começou a chover com pouca intensidade, mas suficiente para deixar a pista molhada. Aqui, T. Capela e T. Ferreira disputam a liderança na primeira volta, deixando I. Paulino para trás, incapaz de acompanhar o ritmo dos 2 primeiros.
Sensivelmente a meio da corrida, abateu-se um forte aguaceiro que dimiunuiu de sobremaneira a visibilidade, obrigando ao acender das luzes...
...e que deixou a pista totalmente inundada.
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