«Com chuva e pneus slick, além de ser essencial um pézinho leve na aceleração, as curvas têm que ser obrigatoriamente feitas pelo lado exterior das curvas, a zona "suja" como é conhecida. A zona "limpa", em piso seco, é a que oferece melhor aderência. Mas acumula muita borracha que, com água, se torna tão escorrregadia como gelo. Por isso, com piso molhado, é zona proibida.
Simplesmente, errava constantemente a abordagem dos dois ganchos mais importantes do circuito: o de entrada na recta da meta e o gancho da Oficina, no extremo do recinto. Errava, por não entrar na trajectória correcta e por estar a travar mal e cedo demais. Desequilibrava o kart em vez de o travar antes do "lock" à direcção e do deslizar até ao retorno da aderência da direcção e à trajectória correcta de saída.
O dilúvio que se abateu sobre o circuito não teve praticamente nenhuma influência no meu resultado, não me prejudicou particularmente. Já o disse uma vez e torno a afirmá-lo: estas corridas ao lusco-fusco não são boas para nós. Não conheço ainda nenhum kartódromo que disponha de uma iluminação suficientemente boa que permita uma boa visibilidade tão boa à noite como de dia. Havia zonas de escuridão no circuito que até se tornavam perigosas se somado a quebra de visibilidade das viseiras molhadas...
Mais para o final da corrida ainda dei uns toques - quase inevitáveis - em pelo menos um piloto que teve o azar de estar ao pé de mim... Logo ali lhe pedi desculpa, as condições do piso estavam complicadas, acredito que as aceitou e compreendeu. Malta muito desportista, sem dúvida, tenho que reconhecer. Só por isso compensa participar.»
(continua)
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