quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VIII GP - Entrevista c/ I. Paulino (II)

Houve muitas críticas à organização. Que achou do profissionalismo do kartódromo?
Por agora não quero comentar, pois arrisco-me a que a Organização do Troféu Pedro Chaves me castigue por conduta incorrecta, como se costuma fazer ao Paulo Bento. Tenho plena confiança na Organização do Troféu Pedro Chaves que saberá, na altura própria, enumerar o que correu mal e o que correu bem e tirar as devidas ilações.



O que aconteceu nas voltas seguintes?



Logo à 3ª ou 4ª volta vi o João a sair de pista na “Parabólica” antes da recta de largada, com direito a faíscas, e pensei sinceramente que ele teria a corrida estragada. No entanto, não demorou muito tempo a voltar a ultrapassar-me, também porque eu cometi vários erros que me atiraram para o 4º lugar. Discuti brevemente o 4º lugar com o Eugénio, curiosamente numa altura em que nos preparávamos para dobrar o seu irmão, que nos atrapalhou a ambos (involuntariamente, claro) o suficiente para trocarmos de posição 2 vezes. Mas depois disso mantive-me em 4º



E as dobragens?
Embora o meu primeiro erro tivesse sido na primeira dobragem, também neste aspecto creio que fiz a minha melhor corrida. A própria configuração do circuito ajudava, pois o gancho da recta de chegada permitia fazer dobragens de forma tranquila e fora disso era possível aproveitar erros, por exemplo, no gancho da recta oposta. Tenho que agradecer ao meu colega de equipa que, como havíamos combinado na grelha e dentro das regras do Troféu e do automobilismo, facilitou a minha dobragem.



Como foi perceber que estava na terceira posição?
Como infelizmente não tive informação da posição a partir da box, só soube que estava em terceiro depois da corrida acabar. Certamente que o JC teve algum problema que o fez perder posições, mas não me lembro de passar por ele. Inclusivamente, como nas últimas voltas andei ao ataque e nunca olhei para trás (ao contrário do que a tabela de resultados dá a entender) e nem percebi que ele estava atrás de mim, pois enquanto reparei era o Eugénio que aparecia. (o gancho da recta de largada era o sítio ideal para avaliar a distância para outro piloto.)



Foi um bom resultado… ou sabe a pouco?
Dentro da corrida, foi um bom resultado, mas em termos de perspectiva geral, sabe a pouco. Passo a explicar. Fiz a 4ª volta mais rápida da corrida, qualifiquei-me apenas em 6º, cometi vários erros desnecessários, pelo que o pódio é um bom resultado. Mas, se me tivesse preparado convenientemente antes da corrida (física e tecnicamente) acho que poderia perfeitamente ter ido buscar os 4 décimos por volta que me separaram do João. Enfim, por algum motivo ele se prepara para ser vice-campeão. Vamos ver se em Leiria consigo alterar a perspectiva.



Por falar nisso…perspectivas para a última corrida?
Estou muito satisfeito por chegar à última corrida com hipóteses matemáticas de discutir o título, coisa que não sucedeu na temporada passada. É um circuito que conheço bem e onde me sinto à vontade. É pena o João ser o principal candidato à vitória... no entanto, nem estou a pensar nisso. A minha luta é com o Mário e o JC. Quero vencer a corrida para ser vice-campeão. Se o João tiver algum problema, se chover, etc., e ele ficar abaixo do 10º lugar, isso é com ele, mas lá estarei para reclamar a vitória e o campeonato.

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