Ribeiro, Paulino e Vrielink, os pilotos do Troféu Pedro Chaves que se deslocaram ao KIRO para a KartExpo no passado domingo, tiveram direito a uma experiência única.
As equipas SportKart e a Pi Racing/SA Portugal proporcionaram um pequeno test-drive nas suas máquinas (3 voltas e 4 voltas, respectivamente.)
Para situar os pilotos do Troféu e os leitores que aqui aparecem e nunca andaram de kart; os kartódromos costumam ter 2 tipos de karts de aluguer:
- os de 200cc, com 6cv de potência, e
- os de 270cc, com 9cv.
O Troféu Pedro Chaves é disputado nos 270cc de 9cv.
Pois bem. O Rotax 125cc 2T tem 30cv, e o SA250 tem 34cv.
No caso do SA, é uma potência praticamente 4 vezes superior!
Por aqui já imaginam o salto brutal que os pilotos do TPC sentiram nessas breves voltas, sendo o baptismo absoluto de todos os três em karts com semelhante potência.
Ficamos para já com a entrevista a Paulino.
Ismael, uma manhã memorável. O que achou dos testes?
Foi uma experiência absolutamente fabulosa e inesquecível.
Quais as principais diferenças, além da simples potência disponível?
Tudo! A mais impressionante nem será tanto a velocidade de ponta, pois embora estas máquinas atinjam os 130km/h (ao contrário dos 80km/h dos 270cc), eu não devo ter atingido velocidades tão altas. O impressionante é mesmo a explosão de potência à saída das curvas. O kart nunca se "enterra"; pisando o pedal, há sempre potência mais que suficiente para explodir, e para sair de lado. A travagem também é muito superior, claro.
Uma nota ainda para a "baquet" que vinha no Rotax, e onde as minhas costas colaram como uma luva. É muito diferente pilotar um kart com as costas "coladas" sempre no mesmo sítio, sem a preocupação de nos balançarmos para o lado! Torna-se muito menos cansativo, apesar da potência superior. A "baquet" do SA250 não era tão "justa" mas também era bem melhor que a dos karts de aluguer.
Qual a variante utilizada, na pista bombarralense?
A mesma utilizada no GP de 2010.
Quais as comparações entre os Rotax125 e o SA250?
Não tenho conhecimentos mecânicos nem capacidade técnica para fazer uma comparação decente. Quando muito, direi que o SA250 é mais "amigo" para quem vem dos "teco-tecos", pois a aceleração é mais progressiva e menos explosiva - apesar da potência superior. Em todo o caso, se não me dissessem, não conseguiria dizer qual dos 2 era mais potente.
Quais as sensações durante o teste?
No 1º teste, com o Rotax, medo! Sem conhecer os travões, desacelerava muito antes da curva. Nem cheguei a experimentar os travões convenientemente. Saí do kart completamente de boca aberta! No 2º, com o SA250, já me aventurei um pouco mais com os travões e tentei fazer voltas minimamente consistentes. Claro que não fazemos ideia dos tempos que fizemos, e pouco interessa... em todo o caso, precisaria de muitos testes até estar minimamente preparado para correr com estes "monstros".
Que "pistas" deixa aos pilotos do Troféu?
Recomendo vivamente uma experiência destas. É outro mundo! Não podem é tomar-lhe o gosto enquanto não estiverem pr€parado$ para €$ta$ máquina$, senão depois não conseguem voltar aos 9cv dos 270cc... gostaria ainda de deixar um agradecimento à SportKart, na pessoa do sr. João Santos, e à Pi Racing, da Teresa e do Rui Silva, pela experiência e pelos esclarecimentos prestados.
3 comentários:
Pois é... três dias depois e ainda me sinto nas nuvens...
Não estou habituado a ter potência de sobra, pneus com aderência e travões que travam...
E consegui fazer um pião! Whoot!
Que espectáculo...
Poderemos ter uma corrida no TPC com estes bólides? Fica a questão...
Caro Anónimo... uma corrida com 15 karts de 30cv, para os 15 pilotos (média) do TPC?... fornecidos por quem?... a que preço?... não há nenhum kartódromo que tenha uma frota destas, e se tivesse, o preço deveria ser um disparate.... mas enfim, vamos estando atentos. Uma coisa fixe era termos test-drives como prémios para vitórias, ou assim algo do género...
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