sábado, 17 de maio de 2008

III GP - entrevista c/ I. Paulino

Quando já está quase tudo definido sobre o 4º Grande Prémio, eis que chega finalmente a última entrevista sobre o terceiro.


1 – Qual a sua opinião geral da corrida?
Foi uma corrida muito agradável, apesar do número relativamente reduzido de participantes. Poucos mas bons.

2 – O 3º lugar é um bom ou mau resultado?
Depois de a Organização do Troféu ter decidido que o mesmo ia ter 5 corridas, sabia que, não tendo ganho nenhuma das duas primeiras corridas, ia ser muito difícil. O meu objectivo para esta corrida era o pódio, acima de tudo coleccionar pontos, e por isso posso dar-me por satisfeito. Contudo, e a menos que ocorra um cataclismo, esta corrida significou o meu adeus ao campeonato. No entanto, continuo a acreditar que o cataclismo pode acontecer.

3 – Em que momento percebeu que não poderia vencer a corrida?

Percebi nos treinos, quando vi que o João [Rodrigues] estava mais rápido que eu. Como eu estava a andar no limite, dificilmente o poderia bater na corrida. Isto apesar de termos tido uma luta engraçada nos treinos, e de eu devolver a ultrapassagem que me fez.

4 – Porquê a diferença de andamento?
Honestamente, eu fui para esta corrida “a medo” e preocupado em não cometer absolutamente nenhum erro, depois do desastre que foi na Batalha. Esse foi outro objectivo cumprido, embora tenha feito um pião quando me tentei defender da ultrapassagem do Reinold. Mas, com esse medo, provavelmente andei um pouco abaixo do meu próprio limite. Talvez tenha andado a 95%.

5 – Como reagiu à largada e à primeira volta?
Mal. Vi que o Reinold pulou imediatamente para o 3º lugar, e em vez de atacar sem me preocupar com isso, passei a olhar para os “espelhos”, isto é, pelo canto do olho. Isto sem ele fazer qualquer ataque sério. Mas deu para ir com calma e fomos sempre na cola do líder, comigo a perder cerca de 2 a 3 décimos por volta.

6 – A luta com Vrielink foi um dos momentos altos deste campeonato. Quer comentar?
Não fui suficientemente rápido a reagir quando encontrámos um retardatário e o Reinold passou-me. A partir daí, mantive-me colado a ele e tentei dar-lhe o troco aquando de um outro retardatário, e andámos lado a lado quase meia pista, até disputarmos a travagem para a curva 3 e eu entrar em pião. A partir daí, só podia esperar mesmo que chovesse.

7 – Acha que a chuva poderia ter ajudado ou prejudicado a corrida?
Esperei sempre que chovesse, pois queria repetir a minha experiência de chuva, depois de ter feito um teste na Batalha, em Junho do ano passado. Creio que teria sido a loucura e, provavelmente, teria sido melhor para mim. “Pingou” o suficiente para a travagem da recta do pinhal ficar húmida, mas infelizmente secou logo…

8 – A luta pelo título reduziu-se a dois contendores. Quais as suas perspectivas para o campeonato?
Esperar pelo cataclismo, isto é, que na próxima corrida chova, eu ganhe e os meus adversários fiquem fora dos pontos, para decidirmos tudo na última corrida, em Outubro.
Mas como isto não vai acontecer, o meu objectivo para este ano é apenas ganhar as duas corridas que faltam – ou pelo menos uma delas. Para a próxima corrida já não vou a pensar tanto nos pontos!

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