segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Carregado: a prova vista por I. Paulino

A foto de família
Na impossibilidade infeliz de lançar as entrevistas gerais, pede-se a todos os pilotos que queiram ou possam que enviem o seu ponto de vista ou comentário para trofeupedrochaves@gmail.com. Esperamos também que o Ricardo Marques possa, brevemente, partilhar o vídeo da sua câmara onboard. Fica aqui um exemplo de crónica por I. Paulino, piloto de reserva da 150 SARIP que nesta prova alinhou pela Associação Académica do Bombarral.

"Os Sodikarts novos pareceram-me equilibrados, não só pela experiência com o kart que me calhou mas também pelo notável equilíbrio de tempos, uma vez que na qualificação houve apenas 0,8s entre o primeiro e o último. Nos treinos, a dada altura, utilizei o Ricardo Marques como lebre e praticamente consegui acompanhá-lo, só que os 4 ou 5 décimos que perdi, num circuito curto e num plantel tão apertado, foram uma eternidade... já sabia por andar em Almeirim que o meu estilo de pilotagem não se adapta muito bem ao Sodikart, e o meu problema é meu e não da máquina, que me pareceu muito bem. Isto é um pouco como o Raikkonen de 2007 em diante, como se diz aqui.

Larguei ao lado do Ferraz e fui o mais cuidadoso possível para não comprometer a corrida da 150 SARIP. Na 2ª volta, estava em 12º quando alguém me deu um toque e fiquei virado ao contrário na primeira curva, e qualquer hipótese que eu tivesse acabou aí. São coisas das corridas, que acontecem, especialmente num pelotão com muita gente junta e muito compacto. Reclamei para o Charlie Whiting via rádio, disse montes de asneiras, mas ninguém me respondeu e ninguém se queixou dos meus palavrões no Twitter. De qualquer forma, não desisti e fui em busca de tentar recuperar nem que fosse uma posição.

Durante várias voltas pude ver que estava cada vez mais perto do pelotão, certamente porque se estavam a atrasar uns aos outros enquanto eu circulava em "clean air", como se costuma dizer. Acabei por fazer um novo pião na curva 1, sozinho, e foram mais uns 4 segundos que me atrasaram de novo; de qualquer forma não foi por aí que não cheguei ao 12º lugar. 

Notei depois que o kart 16 (Humberto Gomes) teria cometido um erro também e continuei a apertar o ritmo. Quando cheguei perto percebi, através do capacete, que era da equipa Ana Cabeleireira Sacavém e que portanto não era só uma luta entre pilotos mas também entre equipas, neste caso com a equipa "B" da 150 SARIP que inscrevi para esta prova. Passei umas 2 ou 3 voltas até conseguir, no miolo, sair mais forte em aceleração para travar por dentro a seguir. Depois foi controlar as dobragens de 1º e 2º para evitar perder tempo com eles (e eles comigo).

Foi um resultado mau mas, por outro lado, tendo em conta que eu já sabia que os Sodikarts não são a minha praia e tendo ficado em último destacado à 2ª volta, acabou por ser uma boa experiência. E foi mais um circuito novo, pois nunca tinha rodado no Campera anti-horário.

Tirando o José Lobo que foi o dono da prova, o destaque deveria ir para o Pedro Ferraz da minha 150 SARIP que foi quem ganhou mais posições da qualificação para a corrida: 5 lugares, de 11º para 6º. Que excelente contratação!"

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