A organização desta corrida foi bastante atribulada. Esperava-se que não existisse o número de pilotos suficiente para uma corrida completa (10m treino + 30m corrida); a hora passou das 16 para as 18 horas; depois, o kartódromo indicou novamente as 16 horas e uma corrida conjunta com um outro grupo que também tinha pilotos em número insuficiente; afinal, o mais inesperado – o GP Pedro Chaves teve 12 pilotos e o outro grupo não apareceu.
Dias depois das cheias na região de Lisboa, e com o alerta amarelo da Protecção Civil, esperava-se chuva para a hora da corrida, e o céu estava de facto bastante ameaçador.
O estreante Jorge Lapão e o eventual vencedor João Rodrigues, durante o briefing.Após o habitual briefing inicial (onde o líder do campeonato provocou uma gargalhada geral ao ter dado o nome de “Jos Verstappen”) e depois de observarem um fulano a fazer umas voltas de “aquecimento” e a experimentar a trajectória de piso molhado, os pilotos dirigiram-se à garagem de arrumação e de lá partiram para os treinos. Sendo apenas 12, a confusão foi muito menor que no ano anterior, quando foram quase 20, e houve mais espaço para todos experimentarem devidamente o seu equipamento. Os tempos por volta foram bastante inferiores aos dos treinos do ano anterior, reflectindo a ligeira humidade que se abatia sobre a pista. Os treinos foram decididos apenas na última volta, na qual João Rodrigues e Ismael Paulino ocuparam os lugares da primeira fila. Destaque para a pole de Rodrigues a conseguir uma vantagem de 1,2s em relação a Paulino. Nota muito positiva para Daniel Sousa, a conseguir um excelente terceiro lugar na grelha, especialmente tendo em conta que a corrida, infelizmente, decorreu sem lastro. O líder do campeonato, Reinold Vrielink, quedou-se por uma modesta 4ª posição.
Duas pit babes/box team.A largada decorreu sem problemas. Reinold Vrielink ocupou imediatamente o 3º posto e a partir daí a liderança da corrida teve o despique mais interessante deste campeonato. Paulino e Vrielink fizeram os possíveis por acompanhar Rodrigues e este, sem ter sido pressionado, nunca conseguiu acumular uma vantagem superior a 5s. Um dos momentos quentes da corrida ocorreu à primeira dobragem da concorrente Cátia Mira, a fazer um pião na curva do Pinhal (curva 6) e a tentar regressar à pista, o que um calafrio aos três primeiros. Ismael Paulino viria a perder posição para Vrielink aquando da dobragem a um retardatário, e tentou mais tarde retomá-la em outra dobragem, no que constituiu um dos momentos mais belos da corrida com o holandês e o português lado a lado deste a curva 10 até à curva 5, com vantagem final para Vrielink.
Próximo do final da corrida, a chuva caiu com um pouco mais de força, afastando a equipa de pit babes que dava informação aos pilotos no muro das boxes e tornando a pista um pouco mais escorregadia. Apesar de alguns deslizes, a água foi insuficiente para tornar a pista verdadeiramente molhada, pelo que João Rodrigues acabou por conseguir a sua segunda vitória com toda a justiça, embora os seus dois adversários terminassem a apenas 6 segundos, provando o equilíbrio que, apesar de tudo, se verificou nesta prova.
Destaque para Michael Augusto que tornou a pontuar e que poderia ter ameaçado o 3º lugar de Paulino; para André Ramos, o estreante que capitalizou o seu peso pluma para conseguir um bom quinto lugar; e para o também estreante Duílio Pedro, uma boa prova a conseguir o último ponto. Para Daniel Sousa, a ausência de lastro foi incontornável e determinante no 7º lugar final, não deixando de mostrar a sua experiência. Tiago Nunes voltou igualmente a fazer uma corrida regular e é já o melhor dos que não pontuaram neste campeonato.
Uma excelente prova fez Cátia Mira, a perder apenas 4 voltas para o líder e a mostrar-se com bastante correcção, apesar dos piões efectuados, especialmente se comparada com a outra presença feminina neste troféu. Mira fez uma óptima corrida e o seu resultado será analisado com mais detalhe brevemente.
Tio e sobrinha. Daniel Sousa e Cátia Mira, concentrando-se na pré-grelha.No final não houve cerimónia devido à ausência de troféus, champanhe e hino. Decidiu-se que a esta cerimónia seria no dia da próxima corrida, que está marcada para Junho, em data a combinar.
